Image Map

quarta-feira, 5 de março de 2014

Bernard, confessa ter plano para fugir do país se algo acontecer de mais grave.



    A Ucrânia vive uma forte crise política. Manifestantes e policiais já morreram em confrontos  nas ruas da capital Kiev nos últimos meses. Na iminência de o clima ser o mesmo em      Donetsk, cidade do Shakhtar, o meia-atacante Bernard revelou nesta segunda-feira que já  tem um esquema de segurança pronto para deixar o país. 
    Ao desembarcar em Joanesburgo para o amistoso da seleção brasileira contra a África do  Sul, quarta-feira, às 14h (de Brasília), o meia-atacante admitiu tensão. 
   - É complicado, a situação está um pouco tensa por lá. A violência até agora estava longe,  mas os manifestantes já partiram para lá (Donetsk). Tomamos as providências necessárias.  Temos passagem para deixar o país se for preciso e deixamos o nosso nome na embaixada.  Tudo para o caso de um voo urgente – declarou o jogador. 
Bernard chegada à seleção brasileira joanesburgo (Foto: Mowa Press)Bernard na chegada a Joanesburgo para amistoso da Seleção (Foto: Mowa Press)

    Bernard mora na Ucrânia há sete meses e tem a companhia de seu pai e de seu primo.  Todos eles já têm passagem emitida para deixar o país. 
  - A gente não sabe o que esperar. Tem essa preocupação, sim. É tudo um pouco estranho,  mas eu sempre mantenho o foco e tento ficar tranquilo para jogar futebol. Agora não tem  chance de sair. Tenho sete meses no clube e o presidente fez um investimento muito alto na  minha contratação – acrescentou Bernard.
    A crise política na Ucrânia
    Em novembro do ano passado, o então presidente Viktor Yanukovich desistiu de assinar  um acordo de livre-comércio e associação política com a União Europeia (UE). A justificativa  dele é que seu governo estava buscando relações comerciais mais próximas com a Rússia,  seu principal aliado. 
protesto civil em Kiev revolta Ucrânia (Foto: Reuters)Conflitos na Ucrânia assustam Bernard (Foto: Reuters)
    Há, no entanto, uma divisão interna do país. Parte dele é favorável à associação com a UE  e outra parte apoia a aproximação com a Rússia. Milhares foram às ruas tentar demover o  presidente de sua decisão, mas não conseguiram. Em dezembro, Yanukovich assinou  acordo os russos, que investiram US$ 15 bilhões.
    Em janeiro, a onda de protestos aumentou e ocorreram as primeiras mortes nas ruas de  Kiev. Dias depois, mais manifestações e mais mortes. Oposição e governo sentaram para  conversar e não chegaram a um acordo. E no último dia 22 de fevereiro, o presidente Viktor  Yanukovich foi destituído.
     Oleksander Turchynov, presidente do Parlamente que destituiu o presidente, assumiu o  governo interinamente e afirma que a associação com a União Europeia é prioridade. Mas o  clima de conflito continua no país. Ainda mais depois que o governo russo colocou tropas na  região ucraniana de Crimeia. Há risco de guerra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário