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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Coletiva de imprensa: 19/02/14


     As vésperas do jogo contra o time tcheco, Viktoria, o técnico do Shakhtar, Mircea Lucescu, fala sobre    o time, o que espera para o jogo e acaba mencionando o Bernard também. Leia tudo aqui, na íntegra!



  - Boa noite, Lucescu. Diga-nos, por favor, na véspera do jogo, o que é que o preocupa mais?
  - Acima de tudo o fato de este ser o nosso primeiro jogo oficial deste ano. Naturalmente que depois de dois  meses de descanso fica difícil entender bem qual o seu nível atual. Ainda assim, até agora nós fizemos mais  amistosos.

   - O jogo de amanhã é também uma espécie de confronto de dinastias de treinadores. Dusan Uhryn  Jr. disse que o pai lhe deu dicas antes deste jogo, dicas especificamente no que se refere ao  confronto com o senhor. E para si, quais são os seus pressentimentos antes do jogo, não apenas com  o Uhryniv filho, mas com o pai?
  - O nível de confronto será resultante do muito que a gente sabe sobre o Viktoria, do mesmo jeito como,  seguramente, o Viktoria sabe sobre nós. Sabemos que o nosso adversário tem um futebol muito ofensivo, às  vezes parte com muitos jogadores para o ataque, deixando até o próprio flanco a descoberto. Eles apoiam o  seu jogo na boa organização das jogadas e na disciplina tática. Além disso, estão fisicamente muito bem  preparados e confiam na sua força. E, é claro, não dá para não mencionar o jogador muito competente e de alto  valor que é o Horvath. Nós também construímos o nosso jogo na boa organização, mas acrescentamos a ela a  técnica de nossos jogadores. Será curioso ver o confronto que vai resultar daqui. Somos duas escolas de  futebol diferentes. Esperamos, evidentemente, que seja a nossa a seguir em frente.

  - Cinco anos atrás o senhor conseguiu vencer a Copa UEFA. Mas nos últimos anos muita coisa mudou  e teve dois ou três jogadores importantes que deixaram a equipe. No entanto, o senhor acredita ser  capaz de vencer a taça da Liga Europa?
  - Não dá para comparar essas duas competições – aquela que aconteceu em 2009 e a de hoje. Aquele foi um  triunfo cuidadosamente tecido por uma equipe muito forte. Agora, é claro que trocamos alguns jogadores, mas a  equipe cresce e vai se transformando em outra não menos forte que aquela que tínhamos. Também quero  ressaltar que nossa linha ofensiva se mantém jovem. Mas são jogadores que estão ficando mais experientes a  cada jogo e que, seguramente, têm o nível de habilidade aumentado. Bem, quanto ao caminho que vamos fazer  a seguir, ele começa com o jogo de amanhã.

  - O futebol está fora da política. No entanto, a situação que se desenvolve na Ucrânia se reflete, de  alguma forma, no estado de espírito da equipe, do pessoal técnico, dos jogadores?
  - Claro. Você está provavelmente vendo isso pelo meu rosto. Estou chateado. Não estamos no clima festivo  que deveríamos ter antes de um jogo na Liga Europa. Penso constantemente naquilo que está acontecendo em  Kiev. Infelizmente, não entendo nada. Não entendo o que está acontecendo. Lamento por aqueles que perderam  suas vidas. É muito importante que as pessoas responsáveis ​​pensem sobre o que está acontecendo. Nós  vamos tentar cumprir o nosso dever no gramado. Temos responsabilidades. É necessário conseguir um  resultado que satisfaça os nossos torcedores, que estão esperando uma vitória nossa.

  - No final do ano passado, o senhor disse que o principal problema do Bernard era a necessidade de  passar pelo treino completo do jovem soldado, isto é, fazer a preparação toda sob sua orientação.  Agora isso aconteceu. O que pode nos dizer sobre a condição dele?
  - Ele se preparou bem nos treinamentos da inter-temporada. Desse ponto de vista Bernard cresceu muito,  começou a entender melhor o nosso jogo, e está envolvido não só no ataque, mas também nas jogadas  defensivas. Tenho fé nele, como tenho em todos os outros jogadores da equipe. Por enquanto ele ainda não  chegou ao nível que esperamos e que sabemos que pode subir. Mas acho que, no estado em que se encontra  agora, já conseguirá ajudar a equipe. Ele se tornará aquele jogador do Shakhtar que estamos à espera só  depois da Copa do Mundo. Por enquanto os seus pensamentos estão direcionados para a seleção e para  conseguir entrar no Mundial. É um jogador com grande potencial. Acho que com o tempo ele vai se realizar aqui  na íntegra.

  - Na inter-temporada, o técnico do Viktoria selecionou times adversários parecidos com o Shakhtar.  Ele acredita que o Rostov professa o mesmo estilo de jogo que o seu time. Na sua opinião, qual das  equipas, de todas aquelas com quem jogaram na inter-temporada, está mais próxima do Viktoria?
  - Não acho que o Rostov se pareça com a gente. O Shakhtar tem um estilo de jogo completamente diferente.  Toda a nossa linha ofensiva é brasileira. Tivemos um confronto bom com o Partizan. Esta é uma das equipes  mais fortes de entre aquelas com quem fizemos os amistosos da última inter-termporada. A nossa equipa  terminou bem os jogos da fase de preparação.

  - Tomas Hübschman está na sua equipe já há dez anos. Qual é a razão a sua confiança nele? Acha  que amamhã ele conseguirá fazer frente a Pavel Horvath?
  - Os dois são jogadores de alto nível, ambos muito competentes, com vasta experiência. Além disso, eles já  jogaram juntos na seleção. Eu conheço bem Horvath, faz muitos anos. Em 2001/02 eles chegou a ser meu  jogador por algum tempo no Galatasaray, fomos buscá-lo ao Sporting (de Lisboa). Além disso, jogamos já com  o Viktoria na Copa del Sol. Nessa altura a gente se reveu e deu para conversar com Horvath, que na época tinha  33 anos. Eu o respeito realmente muito. Gostaria que ele jogasse até depois dos 40 e batesse o recorde.

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